segunda-feira, agosto 31, 2015

Futebol & Viagens

Sorteios são sorteios (excepto na nossa Liga em que sorteios são pura aldrabice)e por isso as equipas portuguesas tem de se limitar a  aceitar o que lhes calhou em sorte que raramente corresponde aquilo que desejariam.
É a vida diriam alguns.
Não deixa contudo de ser curioso analisar as viagens que os clubes portugueses vão fazer, nesta fase de grupos da Liga Europa e Liga dos Campeões, e que os levarão aos mais variados pontos da Europa e não só
O Benfica terá a viagem mais curta e a mais longa.
Vai a Espanha(Madrid), um pequeno passeio comparado com os outros destinos, mas também à Turquia e ao Cazaquistão .
Nesta ultima deslocação o Benfica (e o Astana em sentido contrário) fará a mais longa deslocação de sempre de uma equipa nas competições europeias ao percorrer mais de seis mil quilómetros (quase dez horas de avião) para chegar ao remoto país que fez em tempos parte da União Soviética.
O Porto tem um grupo curioso.
Vai a Inglaterra, à Ucrânia e...fora da Europa a Israel cujos clubes jogam nas competições europeias por razões de politica regional.
Destinos bem diversos.
Na Liga Europa o Sporting vai à Turquia (como o rival do outro lado da rua),à Albânia e regressa à Rússia a uma Moscovo que nunca lhe trouxe sorte.
Um sorteio muito a "leste" em termos geográficos.
O Braga foi  a equipa portuguesa que teve a sorte de ter deslocações menores.
França, Holanda e República Checa são destinos próximos se comparados com os das equipas anteriormente analisadas.
Em termos de desgaste causado pelas viagens é o que se encontra mais à vontade.
Como o Belenenses aliás.
Que com deslocações a Itália, Suíça e Polónia também não se pode queixar muito do sorteio em termos de destinos geográficos.
Apenas a deslocação à Polónia obriga a uma viagem mais dilatada.
Desportivamente lá para Dezembro saberemos se as equipas portuguesas tiveram sorte com os seus adversários.
Em termos turisticos não se podem queixar.
Há viagens para todos os gostos e por toda a Europa e até fora dela como no caso citado do Porto que vai a Israel.
Depois Falamos

Iguana


Castelo de Belmonte


domingo, agosto 30, 2015

A Selecção Deles

Confesso que enquanto adepto do futebol e apoiante da selecção nacional sinto uma desilusão cada vez maior em relação aquilo em que a selecção se vem transformando desde a saída de Luís Filipe Scolari que com todos os seus defeitos e teimosias ainda conseguia transmitir uma imagem de independência na hora de decidir e de impermeabilidade a pressões.
Dos idos Carlos Queiroz e Paulo Bento já se falou o suficiente neste blogue.
E de Fernando Santos, em quem tive alguma esperança até ser divulgada a primeira convocatória e perceber que era mais do mesmo, começa a já nem valer a pena falar.
Olhemos para a convocatória divulgada na sexta feira.
Cédric? Porquê? Não há melhor lateral direito de nacionalidade portuguesa?
Pepe? Qual é o seu estado de forma depois de tanto tempo lesionado?Em dois jogos da Liga espanhola  jogou zero minutos mas mesmo assim o seleccionador deve ter jeito para bruixo e adivinhou que ele está em forma para jogar po Portugal...
André André ? Quando jogava todas as semanas a alto nível, marcava golos e enchia o campo ao serviço do Vitória nunca foi convocado. Agora que é suplente do Porto e joga uns minutos por jogo já é convocado. Qual o critério que não a sabujice ao FCP?
João Moutinho em condições normais é indiscutivel. Acontece que está lesionado há semanas e sem jogar pelo Mónaco. Estado de forma? Imagina-se... Mas tem lugar cativo.
Varela? Que no Porto joga entre devagar e parado? Cuja permanência no plantel portista ninguém percebe excepto ...Lopetegui? Mais sabujice.
E Eder. Eder... o maior flop que me lembro enquanto internacional por Portugal continua a merecer ser chamado pese embora na Liga inglesa ao serviço do Swansea tenha jogado em duas partidas o assombroso tempo de 25 minutos (14 num jogo e 11 noutro)com o habitual saldo de zero golos.
Enquanto isto jogadores talentosos e que estão a jogar continuam a ver a selecção por um "canudo".
Exemplos?
Paulo Oliveira, Miguel Rosa, Marco Matias entre outros.
Há uma coisa que une Queiroz,Bento e Santos.
A sorte imensa de treinarem Portugal num tempo em que joga na selecção um génio chamado Cristiano Ronaldo.
E graças ao seu talento Portugal conseguiu sempre aquele "extra" que lhe permitiu apurar-se para europeus e mundiais mesmo quando o "jogo jogado" era insuficiente e os resultados obrigavam a dramáticos play off.
Mas um dia Ronaldo vai deixar a selecção.
E nesse dia se verá então o que valem os seleccionadores que a FPF terá ao seu serviço.
Para já,com Ronaldo e alguns jogadores talentosos, tudo é fácil.
Pena, também por isso, que a selecção que já foi de "todos nós" transmita a sensação penosa que é cada vez mais "deles".
Dos que a põe ao serviço dos seus interesses, dos que fazem convocatórias incompreensíveis nalguns casos, dos que fazem da selecção de Portugal um entreposto para negócios.
Depois Falamos

P.S. Já sei que em relação a Éder dirão que não há mais pontas de lança.
Mas há. É questão de lhes serem dadas oportunidades.
Claro que enquanto um seleccionador convocar cinco extremos e um ponta de lança sem ninguém lhe exigir satisfações as coisas continuarão neste pé.
O da devoção a Santo Ronaldo...

Glenorchy, Nova Zelândia

Foto: National Geographic

Farol

Foto: National Geographic

sexta-feira, agosto 28, 2015

Um Sorteio Assim Assim...


O sorteio da Liga Europa não foi especialmente "amigo" das equipas portuguesas.
O Sporting, que foi cabeça de série, terá pela frente os turcos do Besiktas (onde joga...Quaresma), os russos do Lokomotiv de Moscovo e os albaneses do Skenderbeu.
Conhecida a aversão leonina a viagens a Moscovo, sabendo-se do valor (e do ambiente caseiro) do Besiktas e nada se sabendo dos albaneses só um Sporting muito rigoroso e sem dar "baldas" poderá passar.
É favorito, mas não muito, a vencer o grupo.
O Braga encontrará os franceses do Marselha, os checos do Liberec e os holandeses do Groningen.
O Braga de há três ou quatro anos seria claro favorito a vencer o grupo mas "esse" Braga já não existe e o actual é bastante inferior em termos de qualidade.
Pode passar mas vai ter de fazer o pleno em casa e pontuar fora.
O Marselha é o maior candidato a vencer o grupo e o Braga discutirá o apuramento com o Groningen sem descuidar o Liberec que pode causar surpresas.
Quanto ao Belenenses ,que se estreia na fase de grupos, tem a tarefa mais difícil de todas e não acredito que tenha a mínima hipótese de se apurar.
A Fiorentina (treinada por Paulo Sousa) é de outro patamar, o Basileia(que na época passada foi treinado por...Paulo Sousa) costuma andar pela Champions e o Lech Poznan é uma boa equipa polaca com bastante experiência europeia.
Acresce o facto de a final da Liga Europa este ano se disputar em Basileia pelo que conhecendo-se as 
privilegiadissimas relações entre o clube local e a UEFA (o Vitória que o diga...) é de crer que o clube suíço irá longe na competição.
Em suma um panorama assim assim para os portugueses.
A terminar, e por ter referido atrás o Vitória, há a curiosidade de nos grupos dos portugueses existirem três equipas que já defrontamos em competições europeias.
O Groningen que em 1986 nos deixou gratas recordações, o Besiktas de más recordações porque fomos por eles derrotados faz agora dez anos e o já referido Basileia que em 2007 nos deixou a pior recordação europeia de todas com aquele golo limpo mas anulado a dois minutos do fim que nos roubou o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Depois Falamos

Parque de Yosemite, EUA


Alvorecer


Tom Cruise


quinta-feira, agosto 27, 2015

Palpites

Ora vamos lá aos habituais palpites sobre quem se apura nesta fase de Liga dos Campeões cujo sorteio decorreu hoje.
Um primeiro facto a destacar, bem agradável, é a presença de cinco treinadores portugueses na "nata" do futebol europeu.
Rui Vitória, José Mourinho, André Vilas Boas, Nuno Espírito Santo e Marco Silva.
O segundo facto a merecer realce é a estreia de uma equipa do Cazaquistão na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Quanto aos grupos propriamente ditos.
No grupo A será imensa a surpresa se os apurados não forem Real Madrid e PSG.
Mas atenção ao Shaktiar que já tem causado surpresas a equipas teoricamente mais fortes.
O Grupo B é "manhoso" digamos assim. 
Favoritismo claro do Manchester United mas depois qualquer um dos outros pode apurar-se dado o equilíbrio.
Mas palpites são palpites e por isso aposto no MU e no Wolfsburgo.
No grupo C o favorito é o Atlético de Madrid e depois Benfica e Galatasaray disputarão o outro apuramento deixando para o estreante Astana o ultimo lugar do grupo.
Palpite? Atlético de Madrid e Benfica.
Mas se for o Galatasaray não será surpresa nenhuma.
O grupo D é,à partida, o de mais difícil previsão.
Vice campeão europeu, vencedor da liga Europa,vice campeão inglês,3º classificado da Bundesliga.
Juventus e Manchester City são favoritos mas o apuramento de qualquer um dos outros não será surpresa.
No grupo E há um vencedor antecipado,o campeão europeu em titulo Barcelona, e o outro apurado será rijamente disputado entre Bayer Leverkusen e Roma com ligeira vantagem para os alemães.
No grupo F os favoritos são claramente o Bayern de Munique e o Arsenal.
O Olympiakos de Marco Silva tentará ser outsider enquanto o Dínamo de Zagreb de Hillal Soudani procurará aproveitar a oportunidade para mostrar alguns dos seus jogadores à Europa dos mais fortes.
No grupo G penso que Chelsea e Porto são favoritos mas sem correrem o risco de subestimarem um clube com a tradição do Dínamo de Kiev ou um Maccabi que já tem causado algumas surpresas.
Finalmente no grupo H passarão os clubes treinados por portugueses, ou seja, Zenit e Valência dado que Lyon e Gent parecem-me longe de poderem ter essa aspiração
Em suma aposto que na fase seguinte da competição teremos:
Real Madrid, PSG, Manchester United, Wolfsburgo, Atlético de Madrid, Benfica, Juventus, Manchester City, Barcelona, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Arsenal,Chelsea,Porto, Zénit e Valência.
O que significará a continuidade em prova dos dois clubes portugueses e de quatro dos cinco técnicos lusos.
Seria bom.
Depois Falamos

Sugestão de Leitura

Na altura em que foi publicado confesso que me passou ao lado e por isso não o li.
Mas depois numa feira do livro apareceu a preço tão convidativo que era imperdoável não aproveitar a oportunidade e saber mais qualquer coisa sobre um dos processos mais mediáticos da ultima década da politica portuguesa.
O da Universidade Independente e da insólita licenciatura de José Sórcates.
Mas não só.
Porque o livro de Rui Verde narra também alguns episódios interessantes da promiscuidade entre poder politico e universidades especialmente da forma como alguns políticos tudo fazem para poderem ostentar nos cartões de visita um conveniente "docente universitário" que lhes dá estatuto e influência.
Não sendo uma obra prima, longe disso, é um livro que se lê com interesse e que permite saber mais qualquer coisa sobre o que se passa nos bastidores da nossa politica.
E há políticos, do PSD e do PS em especial, cuja imagem em nada fica favorecida pelo que o autor narra sobre alguns processos.
Depois Falamos

Nova Iorque


Castelo de Wachau, Austria


Estranha Boleia


quarta-feira, agosto 26, 2015

Dez Anos

Dez anos atrás o Vitória tinha entrado na Liga com grandes aspirações.
Na época anterior, a primeira de Vítor Magalhães após duas décadas de presidência de Pimenta Machado, o Vitória comandado pelo técnico vimaranense Manuel Machado tinha conseguido o apuramento para a Liga Europa e constituído um plantel que lhe permitia aspirações nas três frentes em que estava envolvido.
Contudo uma inexplicável decisão de Vítor Magalhães viria a ter um peso trágico no desenrolar dessa época.
Ao invés de manter o treinador que conseguira o apuramento europeu o então presidente resolveu substitui-lo por Jaime Pacheco diz a lenda que apenas e só porque anos antes Pimenta Machado o tinha despedido e era importante tentar fazer em tudo o contrário do ex presidente.
Mas deu-lhe, há que reconhecer, um excelente plantel.
Saganowski. Svard, Flávio Meireles, Cleber, Geromel, Sereno, Nilson, Paíto, Dragoner, Rogério Matias, Neca, Wesley, Moreno, Dário, Manoel, Benachour, Clayton, Antchouet,eram o núcleo duro de um grupo que em condições normais daria perfeitamente para renovar um apuramento europeu e conseguir boas prestações nas outras competições em que o Vitória estava envolvido.
A verdade é que quase nada foi assim.
Na Taça de Portugal ainda o Vitória fez uma boa carreira, a provar a valia do plantel, chegando ás meias finais onde foi eliminado por penaltis numa horrorosa noite em Setúbal perante milhares de adeptos vitorianos (de Guimarães) que tinham acompanhado a equipa num dia de semana e com mau tempo.
Na Liga Europa as coisas não correram nada bem.
Sevilha(que viria a vencer a prova mas onde os vitorianos fizeram uma deslocação inesquecivel pelo número de adeptos), Zénit, Bolton e Besiktas revelaram-se demasiado fortes e com erros de arbitragem à mistura (o jogo de S. Petersburgo viria até,anos depois, a ser denunciado como alvo de uma acção de corrupção mas o assunto morreu sem ninguém lhe ligar nenhuma) o Vitória conseguiu apenas um ponto e o ultimo lugar do grupo.
Mas a tragédia foi mesmo no campeonato.
Quatro derrotas nos quatro primeiros jogos (onze nos dezassete da primeira volta) significaram um dos piores arranques de sempre do Vitória e a equipa nunca viria a recompor-se desse péssimo inicio de época pese embora a valia dos seus jogadores.
À 13ª jornada, e depois de uma pesada derrota caseira face ao União de Leiria (0-3), que era a nona em 13 jogos, Vítor Magalhães despediu Jaime Pacheco (e já era tarde dirão alguns com razão) e cometeu o erro dos erros que nos viria a custar o impensável.
Contratou um treinador jovem,e que prometia uma excelente carreira, mas que tinha muito pouca experiência como treinador principal dado que apenas treinara o União de Leiria durante duas épocas tendo feito a restante carreira como adjunto ou treinador de guarda redes precisamente no União de Leiria cidade de onde é natural.
E a verdade é que a equipa nunca mais se encontrou.
É factual que Vítor Pontes até começou bem com um triunfo sobre o Penafiel fora de portas mas nos sete jogos seguintes três derrotas e quatro empates mostraram que a "doença" era mais grave e mais profunda do que alguma vez se supusera possível. 
Duas vitórias consecutivas (as únicas da época) sobre Marítimo e Benfica seguidas de um empate na Choupana e um triunfo caseiro sobre o homónimo de Setúbal pareceram o ressurgir da equipas e o reencontro com o verdadeiro valor do plantel mas infelizmente foram apenas o "canto do cisne" a traçarem o impensável destino.
Porque nos dramáticos nove jogos finais da época o Vitória apenas ganhou um (outra vez ao Penafiel) tendo conseguido quatro empates e sido derrotado quatro vezes.
Alguns desses jogos extremamente dramáticos como os de Paços de Ferreira e  de Barcelos (ambos terminaram com 1-1) com o Vitória a consentir golos impensáveis já nos momentos finais das partidas sendo o golo pacense um auto golo de Dragoner e tendo em Barcelos Cléber falhado um golo de baliza aberta no lance anterior ao do empate gilista.
E essa soma de erros e azares culminou naquilo que se sabe.
Um bom plantel, recheado de bons jogadores e que em condições normais ficaria nos primeiros cinco lugares, acabou por descer de divisão.
Não acredito que a história se repita e o Vitória volte algum dia a descer ao segundo escalão.
Seria uma catástrofe desportiva e social.
Mas dou à História o valor suficiente para dela recolher ensinamentos e considerar que há erros que não podem ser repetidos sob pena de voltarmos a viver momentos de ansiedade e angustia de que ninguém tem saudades.
Depois Falamos.

segunda-feira, agosto 24, 2015

O Nosso 14

Depois de três derrotas consecutivas, acompanhadas por exibições nada convincentes, esperava-se que a recepção ao Belenenses significasse um "mudar de vida" e a entrada do Vitória na rota dos triunfos.
E para isso admitia-se,também, que o treinador fizesse alguma mudanças além daquela a que a lesão de Alex obrigava até porque ia defrontar um adversário que tinha o desgaste de ter jogado na quinta feira anterior na Áustria pelo que fisicamente se admitia menos disponível-
Afinal nem uma coisa nem outra.
Nem triunfo nem alterações na equipa para lá da entrada de Valente para o lugar do lesionado Alex.
Individualmente:
Douglas: Uma excelente defesa a evitar um golo de Camará, a sensação de que no golo podia ter feito mais qualquer coisa e o desatino com que marcou alguns pontapés de baliza. Uma tarde assim assim...
Pedro Correia: Dificuldades a defender (então depois da entrada de Miguel Rosa...)e pouco produtivo a atacar numa exibição cinzenta do lateral vitoriano. Dou outro lado estava João Amorim e a comparação também não o ajudou.
Josué: Não fez um grande jogo embora tenha sido o mais inconformado dos defesas subindo muitas vezes ao ataque. Algo "macio" na marcação aos adversários.
João Afonso: Tal como Josué alguma macieza nas acções defensivas embora sem grandes falhas. O centro da defesa precisa mesmo de um "xerife".
Luís Rocha: O jogo não lhe correu bem. Teve lapsos defensivos que não lhe são comuns e a atacar foi pouco visto. Espelhou bem a intranquilidade da equipa.
Bouba: Um bom jogo a defender com cortes oportunos e marcando bem os adversários que lhe apareceram. A melhor exibição desde a lesão da época passada.
Cafu: Com Bouba mais recuado pôde soltar-se mais mas sem grande resultado. Ainda assim é uma dupla que faz sentido nalguns jogos. Ontem,por acaso, duvido que fosse dia para isso.
Tozé: Muito esforçado, muito batalhador, mas pouco esclarecido no momento de soltar a bola.
Tomané: A melhor exibição vitoriana na tarde de ontem. Jogando sobre a direita criou vários lances de perigo e sofreu faltas a impedir outros. Quando passou para ponta de lança...desapareceu.
Dourado: A equipa não está a tirar partido das suas caracteristicas. Que pedem cruzamentos da linha final a solicitar o seu jogo aéreo ou o poderio físico na antecipação para o ultimo toque. Para ter bola teve de sair da área e não é essa a sua especialidade.
Valente: Regressou,em boa hora, ao onze e mostrou os atributos que fazem dele um eficaz segundo avançado. Não regateou esforços mesmo quando isso significava insistir em lances pouco adequados ás suas caracteristicas. A sua saída, quando a equipa buscava o segundo golo, foi simplesmente incompreensível.
Licá:Entrou em campo mas nunca entrou no jogo.
Otávio: Trouxe clara melhoria á equipa fruto da qualidade de passe e da visão de jogo. Claramente mais adaptado ao futebol europeu "exige" a titularidade.
Vigário: Devia ter entrado mais cedo porque mexeu com a equipa e intranquilizou o adversário. Faltou-lhe tempo para mais.
Assis, Moreno,Montoya e Ricardo Gomes não foram utilizados.

Melhor em campo: Tomané

Depois Falamos

Rocky


Colónia


domingo, agosto 23, 2015

"Pasteis" Azedos

Era um jogo com algumas condicionantes especiais.
O Vitória vinha de uma derrota clara no Porto e de uma dolorosa eliminação europeia aos pés de uma equipa austríaca a quem o adversário de hoje tinha acabado de derrotar,fora de casa,na fase seguinte da competição de que os vitorianos tinham sido arredados.
No "Dragão" além da derrota por números claros tinha-se visto uma equipa "macia" e pouco ofensiva ao passo que o adversário tinha empatado na jornada anterior em casa,com o Rio Ave, mas marcando três golos e demonstrando uma garra e combatividade que não podiam ser ignoradas.
E talvez por tudo isso o treinador vitoriano, privado de Alex por lesão(e Alex tem sido o jogador de melhor rendimento neste inicio de época), tenha optado por uma formação conservadora em termos defensivos com dois trincos (Cafu e Bouba) e apenas um médio (Tozé) com funções mais viradas para o ataque.
Manda a verdade dizer que o Vitória fez uma primeira parte agradável, ás vezes com lances de bom futebol,muito por força da bela exibição de Tomané que a jogar no "seu" sitio criou uma série de lances bem perigosos para a baliza belenense.
O Vitória fez um golo, com Valente a aparecer nas costas de Dourado (que arrastara a defesa) a finalizar de primeira, tirando partido daquela que é ,do meu ponto de vista, a forma como o seu ataque tira mais rendimento dos jogadores que tem.
Dourado em cunha,Tomané nos flancos e Valente aparecendo como segundo homem de área.
Ao intervalo o 1-0 correspondia ao que se tinha visto pese embora os homens de azul tenham terminado o primeiro tempo com dois remates perto dos postes e uma excelente defesa de Douglas a evitar o empate.
Na segunda parte,porém, o panorama alterou-se.
O Belenenses apostou mais no ataque,como era de prever, enquanto o Vitória deu a clara sensação de estar mais apostado em defender o resultado do que em consolidá-lo com mais golos fazendo descer o ritmo de jogo e entretendo-se com umas perdas de tempo que pareceram(e foram) absolutamente prematuras.
Quando aos 59 minutos Sá Pinto lançou em jogo Miguel Rosa (um jogador cujo talento merecia "outra" camisola) percebeu-se que ou o Vitória se prevenia ou então a qualquer momento podia sofrer o empate porque o 7 belenense é de facto um jogador que desequilibra.
Como desequilibrou no lance do golo e em mais duas oportunidades que só não deram golo...por acaso.
Não sou dos que "arrasa" Evangelista pelas substituições com que respondeu ás mexidas do adversário.
Digamos que nas três mexidas uma aceita-se, a outra foi bem conseguida e só a terceira é que foi francamente má.
A saída de Dourado (provavelmente fatigado) e a entrada de Licá, com o senão de desviar Tomané para o meio onde rende menos, aceita-se como uma tentativa de refrescar o ataque e dar mais velocidade à equipa nas saídas para contra ataque aproveitando um Belenenses mais balanceado ofensivamente em busca do empate.
A intenção era boa mas Licá não correspondeu.
A entrada de Otávio para o lugar de Tozé foi bem conseguida e a equipa melhorou com o brasileiro porque passou a ter uma qualidade de passe e uma visão de jogo que não tivera até então pese embora o jogo esforçado do português.
E uma substituição que mexe positivamente com o desempenho da equipa é uma boa decisão do treinador.
O erro esteve na terceira.
Não pela entrada de Vigário, que até esteve bem no pouco tempo em campo, mas porque nunca podia ser Valente a sair quando a equipa procurava o segundo golo.
Naquele momento em que era preciso arriscar ou saía um lateral ou um dos trincos e a equipa reorganizava-se em função disso.
Agora precisar desesperadamente de marcar e tirar o melhor goleador da equipa é que não lembra a ninguém mas lembrou,por azar nosso, a Evangelista naquele frenesim final de tentar fazer o segundo golo que permitisse chegar ao triunfo.
Em suma um empate que se pode considerar adequado aquilo que se viu nos noventa minutos mas bastante "azedo" para um Vitória que precisava de um triunfo que lhe permitisse estancar uma sequência de maus resultados.
Agora importa tirar ilações destes erros para que na próxima jornada, em casa do União da Madeira, o Vitória consiga o seu primeiro triunfo e embale numa Liga que já se percebeu que vai ser muito complicada para todos.
Incluindo Benfica, derrotado em Arouca,Porto que empatou em casa do Marítimo e Sporting autor de empate caseiro face aos Paços de Ferreira numa jornada em que nenhum dos chamados "grandes" conseguiu vencer.
Esta Liga não dá para facilitar!
Vasco Santos fez um trabalho sem reparos.
Depois Falamos.

Lofoten,Noruega


sábado, agosto 22, 2015

Ganhar

O jogo de amanha, com o Belenenses, é um jogo claramente para ganhar.
Por três razões.
Em primeiro lugar porque jogando em casa, seja com quem for, o Vitória é sempre favorito e deve fazer jus a esse estatuto.
É claro que não pode ganhar os jogos todos mas quem nos visita tem de saber que em Guimarães mandamos nós.
E isso não é de agora, tem muitas décadas de tradição e prática.
Recordo bem a afirmação do guarda redes campeão europeu pelo Benfica,Costa Pereira, dizendo que a Amorosa era o campo mais difícil para o seu clube jogar.
Em segundo lugar porque o Vitória tem melhores jogadores que o Belenenses.
Na baliza, na defesa, no meio campo e no ataque o Vitória tem mais e melhores soluções ao ponto de se poder considerar que dos habituais titulares do Belenenses apenas dois ou três discutiriam a titularidade na equipa vitoriana.
E embora ter melhores jogadores não garanta triunfos...ajuda bastante.
Em terceiro lugar porque o Vitória tem um trunfo que o Belenenses não sabe o que é.
Adeptos.
Milhares de adeptos, entusiastas e fervorosos, que sabem transformar o D.Afonso Henriques num "inferno" que condiciona e por vezes até inibe os adversários do Vitória.
E amanhã é isso mesmo que se espera.
Uma grande casa, espera-se que acima dos 20.000 espectadores, a ajudar o Vitória a conseguir o seu primeiro triunfo no campeonato e a ganhar embalagem para o campeonato que todos os vitorianos desejam.
E merecem!
Depois Falamos

Tigre


Bruxelas


quinta-feira, agosto 20, 2015

Três Notas

Foto: Vitoria Sport Clube/João Santos

Três curtas notas no rescaldo do falecimento do senhor Egídio Pinheiro.
1) Egídio Pinheiro foi um grande vitoriano, um grande vimaranense, um homem que prestigiou o seu concelho e as várias instituições que nele serviu.
Especialmente o Vitória, um dos amores da sua vida, que serviu como adepto, como dirigente e como presidente.
Foi presidente num tempo em que no futebol havia respeito.
Pelos clubes adversários e pelos seus adeptos e dirigentes, pelos árbitros, pelos dirigentes federativos e associativos e pelos jornalistas.
Num tempo em que se vivia em ditadura mas os clubes eram geridos em democracia.
2) No dia do funeral de Egídio Pinheiro as únicas declarações apropriadas seriam as de enaltecimento da figura desaparecida, do seu amor e dedicação pelo Vitória e do exemplo de vitorianismo que deixou aos vindouros.
As trivialidades do dia a dia, pela insignificância de que se revestiam perante o momento de luto vitoriano, podiam ficar para outra altura que daí não vinha mal ao mundo.
3) Egídio Pinheiro foi presidente do Vitória Sport Clube.
Daí que no seu funeral fizesse sentido estar "todo" o Vitória Sport Clube e não apenas a principal equipa de futebol.
O Vitória Sport Clube é mais que futebol.
E as Modalidades, garante do nosso ecletismo e principais "fornecedoras" da nossa sala de troféus, também deviam ter estado institucionalmente presentes.
Aspectos a corrigir, no futuro, em nome de uma grandeza que não basta afirmar.
Há que a provar nos sítios certos e nos tempos oportunos.
Depois Falamos

Árbitros de Baliza

É cada vez mais difícil olhar para um futebol comandado por Platini e Blatter sem uma sensação de profundo asco , e revolta, perante a forma como cada vez mais se percebe que a sua preocupação prioritária é preservar um "sistema" de favorecimento de uns em detrimento de outros que (como cá) defende sempre os mais fortes e vai arruinando cada vez mais a imagem do futebol
Os árbitros de baliza são uma das "armas "usadas.
Que face a uma exigência cada vez maior, em nome da verdade desportiva, de introdução de tecnologias auxiliares dos árbitros (nomeadamente o chamado "olho de falcão" para os lances em que não há certeza de a bola ultrapassar a linha de golo) foram "inventados" como pretensos factores de maior rigor na avaliação dos lances nas grande áreas.
Em boa verdade os árbitros de baliza não servem para nada que não seja o adiar o inevitável.
Que é,como noutras modalidades mais evoluídas em termos regulamentares, as tecnologias serem introduzidas como auxiliares dos árbitros no dia em que o futebol conseguir varrer o lixo representado pelos Platinis e Blatters deste mundo.
Hoje em dia, especialmente na Liga dos Campeões, há demasiado dinheiro em jogo para que os clubes continuem tão dependentes da arbitrariedade e do critério de um só elemento que decide a seu belo prazer o destino de um clube na prova e, quantas vezes, o sucesso financeiro de uma gestão.
E não deixa de ser curioso que a inutilidade dos árbitros de baliza (já para não falar na ridícula coreografia dos seus movimentos) tenha como excepção que confirma a regra o exemplo de um clube português.
O Sporting.
Que o ano passado foi eliminado por um clube alemão depois de um árbitro de baliza russo ter visto um penalti que mais ninguém viu e este ano corre o risco de ser eliminado por um clube russo depois de um árbitro de baliza turco não ter visto um penalti que toda a gente viu.
Pois é.
Clubes alemães e russos, árbitros russos e turcos, que melhor "caldinho" para explicar o "sistema" que a UEFA de Platini defende com unhas e dentes?
Depois Falamos

Estocolmo


Bode


Lua


segunda-feira, agosto 17, 2015

Os Apitos do Sistema

As equipas podem estar em melhor ou pior forma, os sistemas de jogo mais ou menos afinados, o entrosamento entre os jogadores que já estavam e os que chegaram agora mais ou menos perfeito mas o que ninguém pode ter duvidas é quanto ao estado de prontidão dos rapazes de Vítor Pereira.
Bastou a primeira jornada para se constatar que já estão na forma habitual.
Na primeira linha de defesa do sistema e dos seus 3 filhos dilectos.
É verdade que nesta primeira jornada as "apitadelas sistémicas" não tiveram grande influência nos resultados mais porque não foi preciso do que por ausência de uma pré disposição nesse sentido que foi mais ou menos evidente. 
Em Tondela isso foi menos visível porque os dois erros graves foram um para cada lado e valeram um golo a cada uma das equipas mas nem por isso deixaram de ser elucidativos quanto à "qualidade" da equipa de arbitragem.
Mas nos verdadeiros "santuários" do "sistema", Luz e Dragão, isso foi muito mais visível.
No Dragão, onde o triunfo do clube da casa não merece contestação, o imberbe Fábio Veríssimo fez uma arbitragem caseira quanto baste.
Aos 30 m só Maxi Pereira tinha feito tantas faltas como toda a equipa do Vitória.
No final do jogo o Porto contabilizava mais do dobro das faltas (muitas delas a impedirem saídas do Vitória para o ataque mas sem sanção disciplinar) que o Vitória mas claro que em termos de cartões amarelos o Vitória tinha mais (3) do que o Porto(2) embora oriundos de faltas menos graves.
Se a isso acrescentarmos que os maiores erros do árbitro foram um penalti por assinalar contra o Porto e dois descarados benefícios ao infractor (lances de ataque vitoriano parados pela marcação de faltas contra o Porto metros atrás) percebe-se que o apitador só não teve influência no resultado porque não foi mesmo preciso.
Também não é por acaso que tendo subido o ano passado à primeira categoria este ano já foi promovido a internacional....
Na Luz ,onde mora o maior e mais duradouro "manto protector" do nosso futebol (futebol e outras modalidades para sermos rigorosos), o Benfica venceu por números claros o que à partida devia isentar o árbitro de critica.
Mas não isenta.
Porque com o resultado em 0-0 o árbitro teve medo de marcar claro penalti contra o Benfica e mandar Luisão para as cabines com o correspondente cartão vermelho.
E a perder, jogando com 10, tenho as mais legítimas duvidas que o Benfica tivesse ganho o jogo face à forma como o Estoril se exibiu jogando com ambição e em todo o terreno ao longo dos noventa minutos.
E por isso nesta Liga sem vergonha, onde há um sorteio à medida do interesse dos 3 "filhos" e com o desprezo cobardemente consentido dos 15 "enteados", já se percebeu que mais uma vez a APAF vai ter um papel determinante no escalonamento classificativo.
É pena.
Especialmente por continuar a ser costume.
Depois Falamos.

P.S "Parabéns" também à Benfica tv por ter sonegado as imagens do lance que decidiu o jogo e que é o  do penalti que deu o segundo golo ao clube proprietário do canal.
Porque as imagens e repetições que se conhecem são todas de um jogador de costas que presumivelmente terá tocado a bola com as mão colocadas à frente do corpo.
Presumivelmente...

domingo, agosto 16, 2015

O Nosso 14

Sabia-se que a eliminação europeia ,e os seis golos sofridos em dois jogos com uma equipa modesta, iriam influenciar o Vitória para uma das deslocações mais difíceis do campeonato para qualquer equipa.
O regresso de Josué e o sistema de dois trincos,puros e duros, evidenciavam as precauções perante as previsíveis dificuldades da partida frente a  uma equipa do Porto que se reforçou muito mas que também perdeu jogadores importantíssimos como Jackson e Danilo.
E pese embora a flagrante superioridade do Porto em quase todo o jogo, e de esta equipa ter efectuado 15 remates contra apenas 3 do Vitória, a verdade é que podemos queixar-nos de nós próprios por o resultado ter sido o que foi.
Desde o auto golo até à "oferta" do segundo golo ao Porto.
E como a par disso o Vitória não arriscou minimamente na tentativa de inverter o rumo dos acontecimentos o resultado acaba por se aceitar dado que se podia ter sido melhor também podia ter sido pior.
Individualmente:
Douglas: Não parece num bom momento. No terceiro golo podia ter feito mais e quase ofereceu um golo ao Porto numa bola que largou para a sua frente. Uma intranquilidade pouco habitual.
Pedro Correia: A defender experimentou muitas dificuldades e a atacar não conseguiu, em três ou quatro tentativas, fazer um cruzamento que ultrapassasse o primeiro adversário.
Josué: O melhor da defesa. Trouxe classe e alguma serenidade ás manobras defensivas. Não foi por ele que os golos apareceram.
João Afonso: Melhorou em relação aos jogos europeus. Infeliz no auto golo mas batendo-se bem com os avançados que lhe apareceram.
Luís Rocha: Um jogo difícil. "Levou" com Tello, com Maxi,ás vezes com Varela e nem sempre foi bem ajudado. Poucas oportunidades de subir no terreno.
Cafu: Estreando-se como "capitão" bateu-se com o arreganho habitual mas foi infeliz (e ingénuo) na forma como perdeu a bola no lance do segundo golo. Teve um remate no inicio da segunda parte que merecia melhor sorte. 
Bouba: Se a sua entrada correspondeu à intenção de melhorar a solidez do meio campo pode dizer-se que cumpriu de forma discreta. O poderio físico de Imbula e Danilo também ajudaram a dificultar-lhe a vida. Pensou-se que ele ou Cafu sairiam quando o 0-2 exigia mais risco mas AE não arriscou.
Tozé: Seria o primeiro a desejar a grande exibição que não aconteceu. Esforçou-se por dinamizar o ataque mas sem grande sucesso.
Alex: O mais esclarecido dos vitorianos foi aquele que deu sempre a sensação de poder causar mais problemas ao Porto. Sofreu várias faltas,especialmente na primeira parte, a quebrar iniciativas atacantes perante a complacência do árbitro.
Tomané: Jogou descaído num flanco, do meu ponto de vista o lugar em que pode render mais, e teve algumas iniciativas interessantes com duas delas a serem travadas pelo árbitro para marcar faltas metros atrás contra o Porto. Em tempo de descontos foi agredido por Maicon em lance que seria penalti e vermelho directo mas o árbitro de frente para a joga fez de conta que não viu.
Dourado: Perdido entre os centrais apenas se viu num remate torto. As suas caraceteristicas exigem cruzamentos da linha final mas o Vitória quase nunca lá chegou.
Valente: Entrou a substituir Dourado. teve uma boa ocasião mas não acertou na bola.
Montoya:Entrou mas não se viu.
Vigário:Talvez devesse ter entrado mais cedo porque a sua irreverência podia ter ajudado. Entrar a dois minutos do fim com o resultado em 0-3 nem dá para aquecer para o banho.
Assis,Moreno,Breno e João Pedro não foram utilizados.
Continuo a achar que o Vitória tem jogadores e plantel para fazer uma excelente época.
Tem é de jogar muito mais e muito melhor.
E embora alguns não o saibam ter uma boa qualidade exibicional ajuda a ganhar jogos porque jogar bom futebol é mais de meio caminho andado para fazer golos.

O melhor em campo: Alex

Depois Falamos

Moínho


Nicole Kidman


Uma "Desgracinha"

Olhando friamente para o resultado deste Porto-Vitória pode considerar-se que o triunfo portista é inquestionável mas a sua expressão exagerada porque o jogo jogado por ambas as equipas não justificava tamanha diferença.
O Porto não é nenhum "papão", bem pelo contrário até acho que neste momento a sua equipa não é melhor que a do ano passado, e o Vitória tem esta época soluções e recursos que não tinha na temporada passada especialmente depois daquele "trágico" mês de Janeiro.
Então como se justifica a diferença no marcador?
Desde logo porque o Porto aproveitou as oportunidades que teve (e ainda desperdiçou mais duas ou três flagrantes) enquanto o Vitória não soube aproveitar aquelas poucas de que dispôs e que podiam ter dado outra expressão ao marcador.
Não duvido que a equipa vitoriana tenha entrado em campo com paixão e coragem.
Isso foi patente na forma como se entregou ao jogo.
Mas faltou-lhe melhor organização e mais ambição para tentar virar o resultado, pese embora ter feito uma bom inicio de segunda parte em que chegou a dominar o jogo, face a um adversário que esteve longe de ser intransponível.
Que o diga Casillas que teve de se aplicar a fundo em pelo menos três ocasiões.
A verdade é que o Vitória não arriscou minimamente em termos do sistema táctico.
Acabou como começou.
As mexidas que foram feitas através de substituições foram o indicio dessa falta de atrevimento para tentar mudar o curso dos acontecimentos.
Saiu Dourado e entrou Valente, saiu Tozé e entrou Montoya, saiu Alex e entrou Vigário.
Jogador por jogador,posição por posição, risco...nenhum!
O resultado não foi uma desgraça em termos de expressão numérica,como chegou a temer-se que fosse, mas um derrota por três golos é sempre uma..."desgracinha" especialmente quando se percebe que não era forçoso que tivesse de ser assim.
Domingo perante o Belenenses é tempo de começar a ganhar porque três derrotas consecutivas são demasiadas derrotas para um clube com o prestigio e ambição do Vitória.
O árbitro Fábio Veríssimo não teve influência no resultados mas deixou a clara sensação de que se fosse preciso...teria!
Incrível a forma como corta dois ataques do Vitória conduzidos por Tomané para marcar faltas contra o Porto a meio campo num clarissimo beneficio ao infractor ou como fez de conta que não viu uma cotovelada de Maicon em Tomané(já em período de descontos) que seria penalti e vermelho directo para o defesa portista.
Mas não foi pelo árbitro que perdemos.
Depois Falamos

sexta-feira, agosto 14, 2015

Um Jogo Mais

Algumas das minhas melhores memórias vitorianas estão relacionadas com jogos em que o adversário foi o Porto.
Desde a conquista da Supertaça ao apuramento para a final da taça de 1976, vencendo o Porto nas meias finais, passando pelo ultimo triunfo do Vitória em casa do Porto(até à data) a que assisti lá do alto da arquibancada do agora demolido estádio das Antas.
Manda a verdade dizer que algumas das piores memórias que tenho também envolvem o Porto nomeadamente em duas finais da taça perdidas com os "dragões" a ultima das quais por números insólitos.
Mas cada jogo é um jogo.
Tem a sua história própria, os seus intervenientes, as suas condicionantes e por isso não há vencedores antecipados nem resultados definidos antes de a bola rolar.
Quis o destino, e o sorteio aldrabado da nossa Liga, que desta vez Vitória e Porto se encontrem logo na primeira jornada no estádio do "Dragão" pelo que há que olhar para o jogo com a motivação de começar bem o campeonato e fazer esquecer o cataclismo europeu.
E isso significa entrar em campo reconhecendo a valia do adversário (acho piada ao choradinho de Lopetegui dizendo que o Porto foi o clube que perdeu mais jogadores como se por acaso não tivesse sido também o que mais se reforçou...), respeitando a qualidade dos seus jogadores, mas com a convicção de que o Vitória também tem um bom plantel perfeitamente capaz de disputar o triunfo em todos os jogos da Liga.
Incluindo este.
E isso não é fazer uma "gracinha".
É, apenas, ganhar um jogo dos trinta e quatro que o clube tem de disputar.
Depois Falamos